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28 maio 2007

Manuscritos virtuais


Credo

As infinitas
Pequenas coisas.

Por uma vez respirar
Tão só
Na luz das infinitas
Pequenas coisas
Que nos rodeiam.

Ou nada pode escapar
Ao encanto desta escuridão,

O olhar
Descobrirá que somos apenas
O que nos fez
Menos do que somos.

Nada a dizer.

Dizer:
As nossas vidas mesmas
Dependem disso.


Poema:Paul Auster

.

Fotomontagem.

A realidade dual.....









realidade dual

O filósofo Aristóteles, em seu cosmo centrado na terra, dividiu a realidade física em duas partes: abaixo da lua e da lua para cima. Abaixo da lua, tudo é composto de quatro elementos: terra, água, ar e fogo. Esse era o mundo das transformações e mudanças. E da lua para cima, tudo é feito de uma quinta substância, ou essência: - o éter. E o Éter, segundo ele é imutável, eterno.
E, Deste universo dual temos a progressão para o universo quântico, uma progressão científica de descobertas: - o mundo das incertezas, das probabilidades, uma teoria que descreve as interações entre as pessoas e a terra, entre a terra e o sol: uma geladeira ligada pode alterar a camada de ozônio, o aquecimento global podem gerar desconfortos nos oceanos.
Portanto, da sustentável liberdade de ser, passamos para a relatividade, dando aos indivíduos a descontinuidade do tempo e do espaço. Se é isso que entendo de transformações que a nossa atualidade presencia em grau elevado: somos co-autores dentro desse universo quântico.
O ser no mundo se atualiza, deixa de ser passivo, e é também um outro elemento. Existimos junto das coisas, no aqui e agora, mas também no ser-lá. Este ser-lá, que deixa rastros para a geração futura, que eu acrescento como o ser- virtual, ou o do vir-a- ser de nossos enredos, no sentido virtual de uma geografia de movimentos, que nesse ondulante olhar sobre o já ido, outros momentos sobrevém como atestado de óbito do que se foi. E, na permuta do olhar que se acrescenta de novas informações, um outro território, enquanto realidade se forma, enquanto busca e confronto.
.
.Jugioli

26 maio 2007

Manuel Bandeira


Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público
Com livro de ponto expediente
Protocolo e manifestações de
Apreço ao Sr. Diretor.

Estou farto do lirismo que pára
E vai averiguar dicionário
O cunho vernáculo de um
Vocábulo.

Abaixo os puristas.

Todas as palavras sobretudo os
Barbarismos universais.
Todas as construções sobretudo
As sintaxes de excepção
Todos os ritmos sobretudo
Os inumeráveis.

Estou farto do lirismo namorador
Político
Sifilítico
De todo lirismo que capitula
Ao que quer que seja
Fora de si mesmo

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela
De cosenos secretário
Do amante exemplar com
Cem modelos de cartas
E as diferentes maneiras
De agradar às mulheres,
Etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Skakespeare

Não quero mais saber do lirismo
Que não é libertação.


...

24 maio 2007

Anotações...


Fotomontagem
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Anotações...

Hermann Hesse:

"Impuro e desfigurante é o olhar da vontade- só quando nada cobiçamos, só quando o nosso olhar nada mais é senão pura observação, é que a alma das coisas, a sua beleza, se nos revela."


Fotomontagem
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08 maio 2007

05 maio 2007

Identidades

Ponto de vista:

- o ser na palavra

- o ser na imagem

Vácuos virtuais que se instalam

de soslaio nos meus dedos,

algemados de gravidades etéreas.

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Colagem: Jugioli

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Anotações diárias