Motion By Octavio Paz
If you are the amber mare
I am the road of blood
If you are the first snow
I am he who lights the hearth of dawn
If you are the tower of night
I am the spike burning in your mind
If you are the morning tide
I am the first bird's cry
If you are the basket of oranges
I am the knife of the sun
If you are the stone altar
I am the sacrilegious hand
If you are the sleeping land
I am the green cane
If you are the wind's leap
I am the buried fire
If you are the water's mouth
I am the mouth of moss
If you are the forest of the clouds
I am the axe that parts it
If you are the profaned city
I am the rain of consecration
If you are the yellow mountain
I am the red arms of lichen
If you are the rising sun
I am the road of blood
"Motion/Movimiento" By Octavio Paz, Translated by Eliot Weinberger, from COLLECTED POEMS 1957-1987, copyright ©1986 by Octavio Paz and Eliot Weinberger.
Moção de Octavio Paz ~
.
Se você é o mar de âmbar
Estou a caminho de sangue
Se você for a primeira neve
Eu sou quem te ilumina o coração do amanhecer
Se você é a torre de noite
Estou a arder na tua mente espigão
Se você estiver na manhã maré
Sou o primeiro grito de pássaro
Se você é o cesto de laranjas
Eu sou a faca do sol
Se você é a pedra altar
Eu sou a mão sacrílego
Se estiver a dormir terras
Estou a cana crua
Se você é o vento do salto
Estou enterrado o fogo
Se estiver a água da boca
Eu sou a boca de musgo
Se estiver a floresta das nuvens
Eu sou o machado que lhe peças
Se você é a cidade profanada
Eu sou a chuva da consagração
Se você é o amarelo montanha
Estou a braços da liquen vermelho
Se você é o sol nascente
Estou a caminho de sangue
~~
@ Dis-cursos
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20 outubro 2008
14 outubro 2008
13 outubro 2008
Amor e Arte
Liv Ullmann, atriz e diretora de cinema e Ingmar Bergamn, diretor de cinema.
"Certa vez disse a Ingmar que ele era "um genio", enquanto que eu era simplesmente "um talento". A reação dele foi uma metáfora musical que nunca esqueci: "Você é meu Stradivarius". Foi o mais belo que alguém me disse".
12 outubro 2008
Poema dadaísta
PARA FAZER UM POEMA DADAÍSTA
Pegue num jornal.
Pegue numa tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pretende dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Em seguida, recorte cuidadosamente as palavras que compõem o artigo e coloque-as num saco.
Agite suavemente.
Depois, retire os recortes uns a seguir aos outros.
Transcreva-os escrupulosamente pela ordem que eles saíram do saco.
O poema parecer-se-á consigo.
E você será um escritor infinitamente original, de uma encantadora sensibilidade, ainda que incompreendido pelas pessoas vulgares.
Tristan Tzara, pseudónimo de Sami Rosenstock, nasceu na Roménia em 1896. É especialmente conhecido por ter sido um dos fundadores e principais teóricos do movimento Dada. São da sua autoria os principais manifestos da «revolução dádá», levada a cabo, primeiro, em Zurique e, posteriormente, em Paris. Nesses manifestos encontramos, provavelmente, os mais importantes contributos poéticos de Tzara. A defesa de um (anti)discurso essencialmente revolucionário, assente num nihilismo de base, com repercussões estéticas e políticas, são alguns dos princípios aí defendidos. Mais tarde, em 1930, abandonou a atitude avassaladora dádá em prol de um surrealismo eminentemente político. Aliou-se à Resistência francesa e ao Partido Comunista durante a II Grande Guerra, tendo-se tornado cidadão francês em 1947. Em 1956 abandonou o comunismo, em sinal de protesto contra ações perpetradas pelo regime estalinista. Morreu em Paris, no dia 25 de Dezembro de 1963.
Pegue num jornal.
Pegue numa tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pretende dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Em seguida, recorte cuidadosamente as palavras que compõem o artigo e coloque-as num saco.
Agite suavemente.
Depois, retire os recortes uns a seguir aos outros.
Transcreva-os escrupulosamente pela ordem que eles saíram do saco.
O poema parecer-se-á consigo.
E você será um escritor infinitamente original, de uma encantadora sensibilidade, ainda que incompreendido pelas pessoas vulgares.
Tristan Tzara, pseudónimo de Sami Rosenstock, nasceu na Roménia em 1896. É especialmente conhecido por ter sido um dos fundadores e principais teóricos do movimento Dada. São da sua autoria os principais manifestos da «revolução dádá», levada a cabo, primeiro, em Zurique e, posteriormente, em Paris. Nesses manifestos encontramos, provavelmente, os mais importantes contributos poéticos de Tzara. A defesa de um (anti)discurso essencialmente revolucionário, assente num nihilismo de base, com repercussões estéticas e políticas, são alguns dos princípios aí defendidos. Mais tarde, em 1930, abandonou a atitude avassaladora dádá em prol de um surrealismo eminentemente político. Aliou-se à Resistência francesa e ao Partido Comunista durante a II Grande Guerra, tendo-se tornado cidadão francês em 1947. Em 1956 abandonou o comunismo, em sinal de protesto contra ações perpetradas pelo regime estalinista. Morreu em Paris, no dia 25 de Dezembro de 1963.
Sobre a Arte
Arte
Variações sobre o tema
Não existe uma única definição sobre Arte, mas sabemos reconhecer os critérios para identificar o que é Arte, reconhecer por exemplo, que Mona Lisa, ou a nona sinfonia de Beethoven, ou a Quernica de Picasso, são obras de Arte, todo mundo sabe. São com estas observações que o ensaísta Jorge Coli introduz no livro “ O que é Arte”, para nos fazer pensar e avaliar sobre o significado da arte. .
Suponho que se deva concordar plenamente com a dificuldade na definição sobre Arte, e para além de qualquer intenção específica que a arte possa ter, há sempre comunicação de alguma nova experiência, ou uma nova compreensão do já conhecido, ou a expressão de algo que experimentamos e para o qual não temos palavras – e ao localizar a emoção que um pintura suscita em nós, ela pode ampliar nossa consciência, apurando nossa sensibilidade. E nisto compreendo, creio eu, tanto o prazer que a arte pode proporcionar, quanto a diferença que, para além do prazer, ela pode oferecer à vida. E caso não se obtenham esses parâmetros, simplesmente não há arte.
A arte têm limites imprecisos, transformações, mutações: um espectro e variações infinitas. Artistas que como Marcel Duchamp revolucionaram a linguaguem do que seja a arte, com o seu famoso e irreverente vaso sanitário de louça exposto num museu, que com o seu discurso revolucionou o papel do objeto artístico, precisam integrar a esse novo e diletante tema sobre Arte .
Para decidir o que é ou não arte, nossa cultura utiliza o discurso sobre o objeto artístico, realizado pelo crítico, historiador, o conservador de museu, e os locais onde este objeto deve permanecer., mas o estatuto da arte não parte apenas destas definições abstratas, lógicas ou teóricas, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, fornecendo uma hierarquia dos objetos considerados ;”obra-primas”
Variações sobre o tema
Não existe uma única definição sobre Arte, mas sabemos reconhecer os critérios para identificar o que é Arte, reconhecer por exemplo, que Mona Lisa, ou a nona sinfonia de Beethoven, ou a Quernica de Picasso, são obras de Arte, todo mundo sabe. São com estas observações que o ensaísta Jorge Coli introduz no livro “ O que é Arte”, para nos fazer pensar e avaliar sobre o significado da arte. .
Suponho que se deva concordar plenamente com a dificuldade na definição sobre Arte, e para além de qualquer intenção específica que a arte possa ter, há sempre comunicação de alguma nova experiência, ou uma nova compreensão do já conhecido, ou a expressão de algo que experimentamos e para o qual não temos palavras – e ao localizar a emoção que um pintura suscita em nós, ela pode ampliar nossa consciência, apurando nossa sensibilidade. E nisto compreendo, creio eu, tanto o prazer que a arte pode proporcionar, quanto a diferença que, para além do prazer, ela pode oferecer à vida. E caso não se obtenham esses parâmetros, simplesmente não há arte.
A arte têm limites imprecisos, transformações, mutações: um espectro e variações infinitas. Artistas que como Marcel Duchamp revolucionaram a linguaguem do que seja a arte, com o seu famoso e irreverente vaso sanitário de louça exposto num museu, que com o seu discurso revolucionou o papel do objeto artístico, precisam integrar a esse novo e diletante tema sobre Arte .
Para decidir o que é ou não arte, nossa cultura utiliza o discurso sobre o objeto artístico, realizado pelo crítico, historiador, o conservador de museu, e os locais onde este objeto deve permanecer., mas o estatuto da arte não parte apenas destas definições abstratas, lógicas ou teóricas, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, fornecendo uma hierarquia dos objetos considerados ;”obra-primas”
10 outubro 2008
08 outubro 2008
02 outubro 2008
Amor e Arte
Georgia O´keeffe e Alfred Stieglitz
Ele, pioneiro na arte fotográfica, ela figura importante
na arte americana desde os anos 20.
Conhecida pelas pinturas em que sintetiza
abstração e representação em
pinturas de flores, pedras, conchas, ossos animais
e paisagens.
Site: www.okeeffemuseum.or
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