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05 fevereiro 2009
Paletas de cores
Estudando combinações
O que acho interessante na pintura, é que podemos
ter uma infinidade de combinações,
mas em cada pincelada, é você que
descobre ,neste fazer ,a sua própria e exclusiva paleta
e a tinta comprada se transforma na tinta
pesquisada e sua na medida
que se coloca nela a emoção da representação.
JU Gioli
03 fevereiro 2009
O Leitor
O leitor
Autor: Bernhard Schlink
Ao terminar de ler esse curioso livro, me perguntei, porque será que gostei ? porque ele ficou comigo durante algumas horas, nesta região onde os pensamentos soltos retornam e devolvem suas imagens, esbarrando em algumas sensações.
Ainda não vi o filme, que parece estrear em algumas semanas e que dizem concorrer ao Oscar.
Lendo algumas resenhas do filme, onde a maioria deles se reportam para a história de um adolescente que conhece uma nazista, e ambos se tornam amantes, até ele descobrir que ela estava sendo julgada por um crime de guerra . Percebi o tom áspero, duro, drástico e que não corresponde a essa sensação que a leitura me proporcionou.
Uma leitura prazerosa de jovem iniciado sexualmente, amorosamente por uma mulher, e aqui já há uma longa diferenciação, no que ele transporta de sua experiência e do que desta memória ele recupera ,e mantêm como vivência.
Amantes unidos pelo amor ao desconhecido, a desbravar em cada toque, em cada gesto, além do gozo eles criaram rituais nesta aproximação. O amor pelo exotismo do corpo, do cheiros, dos olhares. Era um respirar de perfumes estranhos e as vezes identificados, aspirar com os sentidos os seus poros.
Percorrer caminhos, redescobrir silhuetas. A elegância dos gestos, dos banhos e seus perfumes: pela água fria na concha das mãos a respingar sobre o torso nu. Traziam mundos desconhecidos a serem sentidos por ambos. Pelos calafrios de felicidade diante do sexo.
Nada saiu de sua memória, estes encontros tornaram-se para ele ponto de referência para sua vida adulta, na espera sonhadora de um mergulho no leito de suas delícias. E ainda tendo que recitar leituras, suficientemente alto para ser ouvido por sua amante que gostava de ouvir: Odisséias. Onde eles, acredito, não estavam sozinhos. Precipitavam suas excitações diante de uma leitura e levavam ao misterioso sótão de seus gestos uma avalanche de personagens, desafiando a razão, os sentimentos.
O livro nos transporta para esse mundo, carregando essa sinuosidade do tempo, ali vivido com o seu ritmo próprio, do tempo revivido de alguém que desperta para a sensualidade do amor, de um jovem que sai de sua doença numa tarde modorrenta de uma escola fria, de um questionário no quadro-negro de uma matéria que não engolia, e de fórmulas com a qual se digladiava, para conhecer outros ritmos, outras nuances do olhar.
Eles, ao meu ver, entraram por inteiro neste misterioso mundo sexual, neste mistério dos relacionamentos, das suas alquimias inexplicáveis, da languidez do amor, da exuberância dos corpos, das contingências dos olhares, e principalmente do “irreconhecível” que como define Roland Barthes : -“esforço do sujeito apaixonado para compreender e definir o ser amado “ em si”, como um determinado tipo característico, psicológico ou neurótico, independente dos dados particulares da ligação amorosa”
O livro é esta busca, onde o outro é sempre um enigma insolúvel, experimentado nessa exaltação de amar profundamente um desconhecido.
Autor: Bernhard Schlink
Ao terminar de ler esse curioso livro, me perguntei, porque será que gostei ? porque ele ficou comigo durante algumas horas, nesta região onde os pensamentos soltos retornam e devolvem suas imagens, esbarrando em algumas sensações.
Ainda não vi o filme, que parece estrear em algumas semanas e que dizem concorrer ao Oscar.
Lendo algumas resenhas do filme, onde a maioria deles se reportam para a história de um adolescente que conhece uma nazista, e ambos se tornam amantes, até ele descobrir que ela estava sendo julgada por um crime de guerra . Percebi o tom áspero, duro, drástico e que não corresponde a essa sensação que a leitura me proporcionou.
Uma leitura prazerosa de jovem iniciado sexualmente, amorosamente por uma mulher, e aqui já há uma longa diferenciação, no que ele transporta de sua experiência e do que desta memória ele recupera ,e mantêm como vivência.
Amantes unidos pelo amor ao desconhecido, a desbravar em cada toque, em cada gesto, além do gozo eles criaram rituais nesta aproximação. O amor pelo exotismo do corpo, do cheiros, dos olhares. Era um respirar de perfumes estranhos e as vezes identificados, aspirar com os sentidos os seus poros.
Percorrer caminhos, redescobrir silhuetas. A elegância dos gestos, dos banhos e seus perfumes: pela água fria na concha das mãos a respingar sobre o torso nu. Traziam mundos desconhecidos a serem sentidos por ambos. Pelos calafrios de felicidade diante do sexo.
Nada saiu de sua memória, estes encontros tornaram-se para ele ponto de referência para sua vida adulta, na espera sonhadora de um mergulho no leito de suas delícias. E ainda tendo que recitar leituras, suficientemente alto para ser ouvido por sua amante que gostava de ouvir: Odisséias. Onde eles, acredito, não estavam sozinhos. Precipitavam suas excitações diante de uma leitura e levavam ao misterioso sótão de seus gestos uma avalanche de personagens, desafiando a razão, os sentimentos.
O livro nos transporta para esse mundo, carregando essa sinuosidade do tempo, ali vivido com o seu ritmo próprio, do tempo revivido de alguém que desperta para a sensualidade do amor, de um jovem que sai de sua doença numa tarde modorrenta de uma escola fria, de um questionário no quadro-negro de uma matéria que não engolia, e de fórmulas com a qual se digladiava, para conhecer outros ritmos, outras nuances do olhar.
Eles, ao meu ver, entraram por inteiro neste misterioso mundo sexual, neste mistério dos relacionamentos, das suas alquimias inexplicáveis, da languidez do amor, da exuberância dos corpos, das contingências dos olhares, e principalmente do “irreconhecível” que como define Roland Barthes : -“esforço do sujeito apaixonado para compreender e definir o ser amado “ em si”, como um determinado tipo característico, psicológico ou neurótico, independente dos dados particulares da ligação amorosa”
O livro é esta busca, onde o outro é sempre um enigma insolúvel, experimentado nessa exaltação de amar profundamente um desconhecido.
O tema do questionamento sobre o quanto a literatura pode fazer com que a vida
de alguém seja mais envolvente, além do tema desta metafísica
das paixões, do tempo da memória e o tempo
da realidade. Uma deliciosa leitura.
texto: JU Gioli
02 fevereiro 2009
Ecological Day
Fotos em trânsito pelo Pantanal
passeio de barco : JU Gioli
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Blogagem coletiva sobre Ecological Day
em Parceria Leaves of Grass e Caliandra do Cerrado
inscrições aqui ---------->@
01 fevereiro 2009
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