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Filme : Jane Eyre
Jane Eyre
O filme criado por Cary Fukunaga mantém a originalidade do romance de Charlotte Brontë, escrito em 1847, dentro de sua atmosfera renascentista e meio gótica, com Mia Wasikowka no papel de Jane Eyre, ao lado de Michael Fassbender, como o dono do castelo e aristocrata inglês. O diretor, numa versão modernista, nos apresenta sua história através de flashbacks bem estruturados. As imagens são belíssimas, no retrato de uma época vitoriana, para uma jovem que busca sua emancipação no amor e na vida.
Depois de uma infância marcada de infortúnios, a órfã, Jane Eyre, desprezada por sua tia, é enviada a um rígido e severo orfanato. Aos dezoito anos ela se livra da tutela do colégio e consegue um emprego como tutora da filha de Rochester; com o tempo ambos se apaixonam, e na cerimônia do casamento ela descobre que ele foi casado, com uma mulher que enlouqueceu e a mantém presa no castelo. Ela, impossibilitada de se casar, se afasta e foge do conde, indo morar e trabalhar numa família de protestantes. Descobre ao longo do tempo que herdou dinheiro de um tio, e que seus anfitriões que a acolheram, são seus primos diretos, dando a eles parte da recompensa de sua herança. Ele, o missionário e apaixonado por Jane, queria partir para uma missão na Índia e levá-lá como esposa, mesmo sabendo de sua paixão por Rochester. Ela hesita em partir com este primo e pretendente, e volta para o castelo. Vê Rochester e o encontra cego, depois de um incêndio provocado por sua esposa enlouquecida. Jane decide assim casar- se finalmente com ele.
Vemos na protagonista o seu espírito independente, que desde criança, aprende que a melhor maneira de manter o respeito próprio na adversidade é manter o autocontrole, e esta foi sua peregrinação ao longo de sua história, para quem a busca de verdade, justificou seu sofrimento, e soube preservar a experiência acima do humano , sabendo lidar com os lados sombrios e perversos das pessoas ao seu redor, suas contradições e friezas, seus interesses escusos e falta de caráter.
Sofreu em sua busca de ser amada, e ao aproximar-se de Rochester disse: " é o meu espírito que fala ao seu", no desejo de eliminar entre eles as barreiras sociais, os impedimentos formais e a cerimônia entre gêneros, nesse sentimento amoroso de união e compartilhamento de almas.
A emancipação e o espirito independente são as marcas desta história que Charlotte Brontë, nos fornece de sua época vitoriana, onde as mulheres viviam para a corte e o casamento, e Jane Eyre ao repudiar pretendentes e ser auto suficiente, mostra sua força e determinação. Uma heroína atemporal, ao travar sua luta interior e se manter fiel as suas convicções e a si própria, e se chocou os leitores dessa Inglaterra Vitoriana de mil e oitocentos , talvez ainda seja um tema em discussão em nossa época, para mulheres que preservam pela igualdade e liberdade, ao mudar o rumo dos acontecimentos em busca não apenas do amor verdadeiro, mas de sua verdade de alma,, que confronta as suas perdas na intervenção do destino e das escolhas morais, para encontrar o seu próprio caminho.
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10-1-2013 17_45_27
Diário mínimo
Hoje, a frase do poeta Guimarães Rosa veio acompanhar meus pensamentos: " Viver é muito perigoso", uma frase simples e reveladora, que esbarra com pleno e certeiro significado, nas condições de existência desta nossa contemporaneidade: - época de intranqüilidade , de infindos distúrbios existenciais, de valores contraditórios , se assim podemos classificar esse tempo que se apresenta.
Viver é mesmo perigoso. A cada página do jornal, esfacelados de tragédias, vemos a boca escancarada desse tempo, onde estamos nos acostumando a ver e ouvir, com rapidez e sem resistência: -a violência, desemprego, fome, massacres, corrupções e morte, e tantas e tantas coisas mais.
Onde estamos????
Não posso ficar indiferente, ao desalento deste mundo.
E, nesta manhã , tenho o relato triste e melancólico da minha empregada, enquanto tomo café. Foi assaltada em sua casa, o dinheiro do aluguel desapareceu, seu filho desempregado deu uma surra na namorada, o marido a abandonou, sem meias palavras com uma vizinha. Ela Pediu um vale para cobrir o mês de aluguel, desesperada e com dor demais em seus olhos.
Assim caminhamos, assim caminha a humanidade. Caminha amedrontada, sem saída .
Ainda estou segurando a xícara do café, e sentindo um cansaço, um cansaço imenso de um grande sertão com diminutas veredas. E sou assim tomada por essa angústia, que se sabe imensa e se estende pela mesa, descobrindo gota a gota esse viver que é difícil.
Juracy
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