Estar em um lugar que me sinta em casa é para mim uma sensação, que brota de um espaço/tempo que me concebe a verdade.
Sensações que se unem nesse modo de abrir o meu eu, neste refúgio meio escuro e incerto onde posso ser. Se mudei, tornei-me outra, deixei de ser a mesma, mas continuo procurando, portanto, posso estar em qualquer lugar.
Não existe um lugar preciso. Sou um ser vivo, que cresce e muda com o tempo, um ser contraditório, sempre plena de erros.
As coisas acontecem. A vida sempre aleatória nos impõe lugares. Colhendo no passado o ontem ,e o que somos hoje para uma possibilidade plausível do amanhã.
E, essa cidade é imensa no que conta para ser minha casa: - o desejo de ter um lugar de memória, de se alimentar com os meus passos, de livrar- me do medo, e de prover segurança e bem estar, e se assim possível, instalar-me no mundo na condição de humano.
Humano, que não seja nunca o território da exclusão e retraimento, mas o da inserção do outro nesta instável e crescente geografia, pois viver só seria muito triste.
E, apesar das minhas lacunas, dos meus limites e debilidades, que me inspiram a me conhecer melhor, e para não prometer nada do que não possa cumprir, inclino-me, por instinto a me proteger, com esforço e sacrifício a viver melhor, nunca a mesma no mesmo lugar, mas transfigurada pelas experiências.
Sou ambiciosa, um dos pecados capitais desta alma incerta e viajante. E, em face desta imprevisibilidade, invento um lugar para viver.~
Sensações que se unem nesse modo de abrir o meu eu, neste refúgio meio escuro e incerto onde posso ser. Se mudei, tornei-me outra, deixei de ser a mesma, mas continuo procurando, portanto, posso estar em qualquer lugar.
Não existe um lugar preciso. Sou um ser vivo, que cresce e muda com o tempo, um ser contraditório, sempre plena de erros.
As coisas acontecem. A vida sempre aleatória nos impõe lugares. Colhendo no passado o ontem ,e o que somos hoje para uma possibilidade plausível do amanhã.
E, essa cidade é imensa no que conta para ser minha casa: - o desejo de ter um lugar de memória, de se alimentar com os meus passos, de livrar- me do medo, e de prover segurança e bem estar, e se assim possível, instalar-me no mundo na condição de humano.
Humano, que não seja nunca o território da exclusão e retraimento, mas o da inserção do outro nesta instável e crescente geografia, pois viver só seria muito triste.
E, apesar das minhas lacunas, dos meus limites e debilidades, que me inspiram a me conhecer melhor, e para não prometer nada do que não possa cumprir, inclino-me, por instinto a me proteger, com esforço e sacrifício a viver melhor, nunca a mesma no mesmo lugar, mas transfigurada pelas experiências.
Sou ambiciosa, um dos pecados capitais desta alma incerta e viajante. E, em face desta imprevisibilidade, invento um lugar para viver.~
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texto e foto
JU gioli
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27 comentários:
Hi Jugioli!
Four walls don't make a place our home. What goes on inside those walls is what makes it home. Your beautiful art and spirit, with your ambition and energy must make your home a wonderful place.
Hugs,
Mimi
O próprio ser
Um lindo lugar prá se viver
Transformado pela cor de cada olhar.
beijos,
Lindo.
A casa da gente é o melhor lugar.
..lindo!!! bjs
Eu também acho que essa sensação é muito interna, e independe do lugar.
Mas vi algumas postagens de pessoas descrevendo um lugar em que não mora mas é como se morasse, e isso também é legal!
Gostei da foto!
Bjão!
Muito bem resolvida! Gostei do comentario do Daniel: Lindo!
Bjs
Juglioli
Muito lindo oq vc escreve aqui!
Sobetudo gostei de como termina usando a frase "E, em face desta imprevisibilidade, inevto um lugar para viver"
grane beijooooooooo! con
Ju gioli
Creio que qualquer lugar se torna prazeroso quando estamos de bem com a vida.
Não se restringe a um determinado local, mas a um estado de espírito.
O que você me fez endender é que pode não ser exatamente um espaço físico.
Beijos
Ju, que belo texto, realmente "estar em casa" depende do tempo e do espaço, a cada época de nosso "crescimento" nossa casa pode variar e mesmo podemos várias ao mesmo tempo.
Um grande beijo.
A invenção do lugar... Muito bom o texto. Já me inspirou para fazer amanhã a habitual síntese da Tertúlia. O seu tema está sendo um sucesso. Beijos.
Esse lugar só pode ser assim, inconstante e impalpável. É um lugar humano...
:-)
Belo texto e bela foto! Obrigada pela visita ao Fio.
Abraço
Tbm adoro estar em minha casa. Posso dizer que é para mim o melhor lugar do mundo.
Beijo grande e obrigada pela visita.
Olá JURACY
É um enorme prazer encontrar vovê aqui! Aproveito para pedir desculpa por ser menos assiduo, mas acontece que quando um "burro velho" decide aprender linguas o tempo falta.
Explicando melhor: dedidi aproveitar o tempo que agora tenho voltando aos bancos da escola em busca de algo que não me foi posivel em tempo próprio.
Por outro lado, estou a prepara-me para no próximo ano lectivo voltar a lecionar fotografia, ou seja, passar aos mais jovens toda uma experiência acumulada ao longo de mais de tres dácadas de profissão.
Em resumo, decidi continuar a envelhecer crescendo.
Digo-lhe também que gostei muito da sua participação nesta Colectiva.
Deve ser dificil para um artista como a Ju delimitar uma fronteira entre o local de criação e a própria casa, pois tal como diz um criador tem uma alma "incerta e viajante".
Beijinhos
G.J.
Nota: Não moro em Sta Maria da Feira, mas gosto de andar por lá...! Afinal fica apenas a meia hora de caminho.
Queridos tertulianos, obrigado pelas visitas.
Hoje, o servidor resolveu encrencar, como de costume aqui por essas bandas, estou tentando responder à todos, mas acho que só amanhã.
Uma delícia descobrir novos participantes, e novamente obrigado.
@dis-cursos
Lindo.
"A vida sempre aleatória nos impõe lugares".
Lugares como a Internet, não é mesmo?
Um abraço.
Ju
Escreves inspirando-se em si mesma.
Lindo texto e linda fotografia.
Adorei!!
JU gioli
A tua casa é como as tuas pinturas: Esta vai para uma tela, aquela para uma folha de papel.
Se não estou muito enganado utilizas mais o papel.Não imprta. O que é ceto é cada trabalho vai para a sua folha própria, para a sua tela.
Nem sequer é como um escritor que escreve muitas e muitas folhas para as reunir num livro.
Já há tempos que te não visitava.
Este tema abanou a normalidade.
Um beijo.
Ju, gostei muito do seu texto e do modo como exprime o lugar onde se sente bem. Para mim, a casa é muito importante, mas por vezes não chega. Aí, eu saio e procuro um canto bem "aconchegado" onde eu me sinto mais EU. Gostei muito do seu quadro.
Obrigada por visitar o meu blog e por deixar as suas palavras.
Um beijo
Romicas
Muito bonita a sua casa, muito aconchegante, uma gostosa e hamoniosa parada.
Gostei da música, gostei da paz que puder sentir por aqui.
Essa introspecção que te faz sem limites e pode voar para onde quiser!! Beijus
"alma incerta e viajante. E, em face desta imprevisibilidade, invento um lugar para viver"
Vc tem alma de artista :).
Belo texto,
bj Laura
Olá , jugioli !
Obrigado pelas suas amáveis palavras.
Sempre em casa nos sentimos quando visitamos o que nos dá.
A sensibilidade que emana em tudo o que oferta é cativante e evocativa, daí o mundo ser o seu espaço.
bj
josé
Ju, aquela ilha era fascinante, mas não fiquei por lá... Acabaram-se os fósforos de segurança... E nem tinha lente... E o Eduardo anistiou quem estava lá...
Crônica e foto maravilhosos. Você me fez refletir um bocado.
Ainda há pouco vim pela rua matutando: é fascinante pensar que cada pessoa que vemos tem o seu "eu", esconde-se no seu "eu verdadeiro", com o privilégio de revelá-lo ou não aos que o cercam. E mais: se fosse mensurável a nossa realidade interna com relação à externa, quanto representaríamos de nós mesmos? 50%, 60%? 100%, sabemos impossível. Não sei se deu para entender.
O Tertúlia Virtual é irresistível. Impossível ficar de fora.
Um grande abraço.
Ju,
Acho que entendi, tua casa é inquieta como é tua arte.
Obrigado pela visita e pelos banners que me apropriei.
abração
Ju, parabéns pela escolha do tema este mês junto a esses dois meninos levados como diz o Daniel.
Seu texto é lindo e senti você trazendo o seu interior para a externizacao.
Nossos interiores, sao casas perfeitas; podemos pintá-lo com as cores e pincéis que queremos.
Parabéns!
Um grande abraco
Ju, gostei de conhecer o seu estúdio! Sugestiva a frase "alma incerta e viajante".
Obrigada pelas visitas. Você é sempre bem vinda!
Bjs.
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