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29 janeiro 2009

O Trabalho



“Estou sempre entre duas correntes de pensamento: primeiro, as dificuldades materiais, que me obrigam a andar de uma lado para outro para ganhar a vida; segundo, o estudo da cor. Vivo sempre com a esperança de fazer uma descoberta nesse campo, expressar os sentimentos de dois amantes pelo casamento de duas cores complementares, sua combinação e sua oposição, as misteriosas vibrações de tons análogos. Expressar o pensamento que está por trás de um semblante através da radiância de um tom brilhante contra um fundo sombrio. Expressar a esperança através de uma estrela, o anseio de uma alma através do fulgor de um poente.”

Vincente Van Gogh


Quero descrever aqui um pouco do que se sente ao pintar, algumas das sensações físicas e espirituais. Cada arte traz suas próprias sensações. Assim como vemos Van Gogh lidar com a cor, o brilho, a vibração, e todo o seu sentimento no seu trabalho. Eu acho que é a integração de todas as nossas fontes: a inspiração, nossa musa secreta, o prazer, a dedicação, e principalmente o esforço total entre a mente e o corpo ´que nos direciona.

Esse impulso de energia que nos alimenta, essa vibração que nos faz agir. O ato de criar, de pôr a mão na massa, é para mim inseparável do prazer. Não há separação entre o esforço espiritual do esforço físico e psicológico, eles andam juntos e se transformam em ação.
Texto : JU Gioli

4 comentários:

... disse...

Ju, sobre todos o artistas, suas teorias, seus trabalhos, os que mais me tocaram foram Malevitch e Yves Klein.
Souberam se colocar diante da magnitude do universo. Não são poucos os artistas que conheço, suas teorias de pesquisa, afinal é lá que está a essência, e esses dois em épocas bem diferente perceberam quase a mesma coisa.
ßjs∞

Anônimo disse...

Ju, Obrigado pela visita e pelo comentário. Resolvi retribuir a visita. Adorei seu blog tb. Falta muita cultura no país de hoje em dia e é nosso dever cuidar para que o pouco que ainda resta não suma.

Bjo

Maria Augusta disse...

Ju, acredito também que esta fagulha que dá origem a uma obra de arte é o resultado do talento, do trabalho e do momento que está vivendo o artista. E principalmente deve ser indissociável do prazer de criar.
Aproveito esta minha volta à blogosfera para te dizer que foi uma alegria imensa conhecê-la pessoalmente e ter diante de meus olhos obras suas...momentos preciosos desta minha ida ao Brasil.
Um grande beijo.

jugioli disse...

Fernando, obrigado pela complementação sempre valiosa em seus comentários.


Guilherme, sempre um prazer ter novos olhares.

Maria Augusta, o prazer é sempre um forte ingrediente, e seja bem-vinda, estamos com saudade.

bjs.

JU

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